John Carpenter é um dos grandes nomes do cinema de gênero americano. Seu legado é dos mais ricos, seja no slasher, no terror ou na ficção-científica. No ano de 1994, ele dirigiu À Beira da Loucura, a partir de um roteiro original de Michael De Luca. Tudo começa com o investigador John Trent (Sam Neill) chegando a um sanatório, onde recebe a visita do Dr. Wrenn (David Warner). É então que acompanhamos um longa flashback onde ficamos sabendo que Trent recebeu a missão de encontrar o escritor Sutter Cane (Jürgen Prochnow), autor de histórias de horror que desapareceu misteriosamente. Trent acredita se tratar de um golpe publicitário da editora, já que um novo livro está prestes a ser lançado. Porém, o que Trent descobre é assustador. À Beira da Loucura encerra a chamada Trilogia do Apocalipse, composta por O Enigma do Outro Mundo, de 1982; e O Príncipe das Sombras, de 1987. Carpenter exercita aqui elementos metalinguísticos que nunca havia utilizado em seus trabalhos anteriores. Especialmente, no terço final do filme. Em tempo: Há referências à obra do escritor H.P. Lovecraft e a personagem de Sutter Cane é visivelmente inspirada na figura de Stephen King, também autor de histórias de terror e grande amigo do diretor.
À BEIRA DA LOUCURA (In the Mouth of Madness – EUA 1994). Direção: John Carpenter. Elenco: Sam Neill, Jürgen Prochnow, Julie Carmen, David Warner, John Glover, Bernie Casey, Peter Jason, Frances Bay e Charlton Heston. Duração: 95 minutos. Distribuição: New Line/Warner.
