Oliver Stone é um cineasta obcecado na defesa de sua visão do mundo. Boa parte de sua filmografia atesta isso. Basta ver Salvador, Platoon, Nascido em 4 de Julho, The Doors, Assassinos Por Natureza e este JFK. Por mais clichê que possa parecer, ninguém filma tão bem suas próprias obsessões como Oliver Stone. Você pode até questionar o ponto de vista que ele defende, mas, tem que reconhecer que ele o faz com muita competência técnica e convicção. Em JFK: A Pergunta Que Não Quer Calar, ele utiliza o material de dois livros, No Julgamento dos Assassinos (de Jim Garrison) e Fogo Cruzado: O Complô Que Matou Kennedy (de Jim Marrs), para escrever um roteiro, junto com Zachary Sklar, que busca revelar a verdade por trás do assassinato do presidente americano John Fitzgerald Kennedy. Não cabe julgar aqui se a teoria conspiratória apresentada por Stone é correta ou não. O ideal é assistir ao filme pelo que ele tem de melhor: sua bela fotografia e sua estupenda montagem. Não por acaso, ambas premiadas com o Oscar. O elenco quilométrico, encabeçado por Kevin Costner, que vive o promotor de justiça Jim Garrison, também merece destaque. Bem como a direção que, apesar da quantidade de personagens em cena e da trama e subtramas que mostra, não perde o foco em momento algum. Uma curiosidade: o filme foi lançado nos cinemas com 189 minutos de duração. A única versão disponível em DVD é a do diretor, que tem 17 minutos adicionais.
JFK: A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR (JFK – EUA 1991). Direção: Oliver Stone. Elenco: Kevin Costner, Kevin Bacon, Tommy Lee Jones, Laurie Metcalf, Gary Oldman, Michael Rooker, Jay O. Sanders, Sissy Spacek, Donald Sutherland, Jack Lemmon, Joe Pesci,Walter Matthau, Edward Asner, John Candy, Vincent D’Onofrio, Lolita Davidovich, Wayne Knight e John Larroquette. Duração: 206 minutos. Distribuição: Warner.
Respostas de 3
O trabalho de montagem, neste filme, é realmente extraordinário.
trata-se de um roteiro baseado na história dos estados unidos da américa, vale ser conferido, fomenta o debate sobre como as forças políticas agem em torno do poder na maior potência militar do planeta.
Realmente um belo filme. No mínimo, coloca uma pulga atrás da orelha.
Ele (Stone) deveria manter-se sempre onde se dá bem, fazendo filmes!