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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

RAQUEL 1:1

É muito interessante constatar o fortalecimento de filmes de gênero no Brasil. Durante muito tempo nossa cinematografia se dividiu entre dramas sociais e comédias. O que era extremamente injusto com a riqueza de histórias que temos para contar. O terror, em particular, é propício para isso. E esse gênero tem se revelado bastante promissor, especialmente por conta de uma nova geração de diretoras como Gabriela Amaral Almeida, Anita Rocha da Silveira, Alice Furtado, Juliana Rojas e Mariana Bastos. Essa última escreveu e dirigiu Raquel 1:1, seu segundo longa. Aqui somos apresentados à jovem do título, vivida por Valentina Herszage. Ela se muda com o pai, Hermes (Emilio de Mello), para uma pequena cidade do interior. Fica evidente desde o início que algo aconteceu no passado daqueles dois. Raquel logo fica amiga das meninas de uma igreja evangélica local e aos poucos se aprofunda em questões religiosas que são, digamos assim, bastante delicadas. A roteirista/diretora faz daquela comunidade conservadora, ou melhor dizendo, reacionária, um microcosmo do país ao expor preconceitos e posturas que fogem inteiramente de qualquer racionalidade. E o terror funciona com perfeição para contar esse tipo de história. Que venham então novas tramas e novas cineastas explorando não apenas esse gênero, mas muitos outros para os quais o Brasil tem vocação natural.

RAQUEL 1:1 (Brasil 2022). Direção: Mariana Bastos. Elenco: Valentina Herszage, Emílio de Mello, Priscila Bittencourt, Ravel Andrade e Eduarda Samara. Duração: 90 minutos. Distribuição: O2 Play.

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