Quem assistiu ao primeiro filme do Homem-Aranha, dirigido em 2002, por Sam Raimi, seguramente lembrará da frase dita pelo tio Ben ao seu sobrinho Peter: “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. É mais ou menos isso o que descobre a jovem Makoto Kono na animação A Garota Que Conquistou o Tempo, realizada pelo japonês Mamoru Hosoda, em 2006. O roteiro, escrito por Satoko Okudera, é uma adaptação livre do romance homônimo de Yasutaka Tsuisui e “trabalha” essas questões que envolvem viagens ao passado. Aquilo que se convencionou chamar de “efeito borboleta” se faz presente aqui e Makoto rapidamente descobre isso. Em especial, na sua relação com os amigos Chiaki e Kousuke e outros colegas da escola. Hosoda iniciou sua carreira no início dos anos 1990 no departamento de animação da série Dragonball Z, e depois de outro famoso anime, Digimon. Após dirigir alguns curtas e episódios de TV, ele foi contratado para realizar alguns longas, mas foi com este A Garota Que Conquistou o Tempo que deu início a trabalhos, digamos assim, mais autorais. Seu traço leve, simples, e ao mesmo tempo elegante, principalmente no uso da paleta de cores, se destaca nas obras que realiza.
A GAROTA QUE CONQUISTOU O TEMPO (Toki o Kakeru Shôjo – Japão 2006). Direção: Mamoru Hosoda. Animação. Duração: 98 minutos. Distribuição: Bandai Entertainment.
