Quando Shirley Jackson lançou seu livro, A Assombração da Casa da Colina, em 1959, foi sucesso instantâneo. Não demorou muito e Hollywood se interessou em adaptá-lo para o cinema. Robert Wise, que vinha do aclamado Amor, Sublime Amor é o diretor escalado para dirigi-lo. Então, curiosamente, algumas decisões inesperadas são tomadas pelo estúdio produtor. O que você espera acontecer quando um livro que vendeu muito bem vira filme? Uma super produção, certo? No caso de Desafio do Além, não foi isso que aconteceu. O roteirista Nelson Gidding adaptou o romance o Shirley Jackson e, como já dito, Robert Wise foi contratado como diretor. No entanto, a Warner liberou um orçamento muito pequeno. Isso fez com que o elenco fosse de segundo escalão e o filme fosse rodado em preto e branco. Economizaram até na iluminação. É aí que ter um diretor talentoso à frente de um projeto pode fazer toda a diferença. Wise utilizou estas limitações a favor do filme e realizou um dos melhores e mais influentes filmes de terror que se conhece. Tudo acontece em uma velha mansão de quase 100 anos. No caso, Hill House, ou a “casa no topo da colina”. Aparentemente abandonada, ela se transforma em objeto de estudo de um professor que quer provar a existência de vida após a morte. Desafio do Além prova, mais uma vez, que sugerir pode ser muito mais assustador do que mostrar.