Quantas vezes você já viu no cinema uma nave extraterrestre fora do espaço aéreo americano? Só por isso, Distrito 9 já vale o ingresso. Escrito e dirigido pelo sul-africano Neill Blomkamp, ele coloca uma imensa espaçonave flutuando sob o céu de Johanesburgo. A produção é de Peter Jackson, que após assistir ao curta-metragem Alive in Joburg, que Blomkamp havia realizado em 2006, resolveu “bancar” a adaptação do curta para um longa. Os extraterrestres já estão na Terra há 20 anos. Eles vivem segregados em uma área conhecida como “Distrito 9” e a tensão entre eles e os humanos é cada vez maior. Para evitar que a situação fique incontrolável, o governo decide removê-los para uma outra região. Tem início então um processo de realocação desses seres estranhos e asquerosos que são chamados pejorativamente de “camarões”. É fácil perceber o que Peter Jackson viu de interessante no filme. As referências ao cinema de ficção-científica e terror são inúmeras, além, claro, da “nojeira” de algumas cenas. Os efeitos especiais ficaram sob responsabilidade da Weta, que mais uma vez comprova sua supremacia na área. Mas Distrito 9 não se sustenta apenas em efeitos. Sua força maior está no roteiro e nas ideias que discute. Blomkamp imprime uma narrativa semidocumental e faz um uso muito criativo da câmara. Além disso, as personagens são bem construídas e convincentes. Tudo isso faz do filme uma grata surpresa e uma excelente opção para aqueles que estão cansados do “feijão com arroz” hollywoodiano.
DISTRITO 9 (District 9 – EUA/África do Sul/Nova Zelândia 2009). Direção: Neill Blomkamp. Elenco: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt, Sylvaine Strike, Elizabeth Mkandawie, John Sumner, William Allen Young e Greg Melvill-Smith. Duração: 112 minutos. Distribuição: Sony.
Respostas de 3
OPAZ, o roteiro é interessante, o final é show, mas mesmo assim não kurti muito. Uma boa metáfora para o racismo e preconceito.
JOPZ
District 9 é do CARALHO!
Salve Douglas! Resumiu tudo de novo! E de lamentar, de Distrito 9, só o fato de ele ter concorrido ao Oscar de melhor filme. Isso é injusto, já que ele é hors concours, como Cidade de Deus.