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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

PATERSON

O diretor e roteirista Jim Jarmusch estreou no cinema independente americano em 1984, quando realizou Estranhos no Paraíso, versão longa de um curta que ele havia feito no ano anterior. Desde então, Jarmusch vem construindo uma sólida carreira que ganhou novo fôlego a partir de 2005, quando dirigiu Flores Partidas. Oito anos depois foi a vez de Amantes Eternos, um dos mais belos filmes de vampiros já produzidos. Esta nova fase atingiu o ápice da beleza e da simplicidade com Paterson, que ele escreveu e dirigiu em 2016. Aqui ele utiliza poemas de William Carlos Williams e Ron Padgett que fazem parte da rotina de Paterson (Adam Driver), que é casado com Laura (Golshifteh Farahani), mora na cidade de Paterson, em Nova Jersey, trabalha como motorista de ônibus da linha “Paterson” e é também poeta. Jarmusch pontua sua narrativa ao longo de uma semana, na qual acompanhamos a rotina da personagem título. Paterson é aquele tipo de filme onde nada parece acontecer. Mas, acontece tudo. É uma obra carregada de amor, poesia, belezas sutis e boas surpresas. A começar pelo ator Adam Driver, que vinha do sucesso de O Despertar da Força, onde interpretou o vilão Kylo Ren. Seu desempenho aqui é radicalmente oposto e de uma delicadeza tocante. A rotina pode realmente ser bonita.

PATERSON (Paterson – EUA/França/Alemanha 2016). Direção: Jim Jarmusch. Elenco: Adam Driver, Golshifteh Farahani, Rizwan Manji, Trevor Parham, William Jackson Harper, Frank Harts e Barry Shabaka Henley. Duração: 118 minutos. Distribuição: Fênix Filmes/Now.

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