Se você viu e gostou da versão de 13 Assassinos, dirigida por Takashi Miike em 2010, precisa conferir também o filme original de 1963 realizado por Eiichi Kudo. A história é, essencialmente, a mesma. A partir de um roteiro de Kaneo Ikegami, somos apresentados a um grupo de ronins (samurais sem mestre) de uma região do Japão feudal onde um lorde cruel comete inúmeras barbaridades e permanece impune por ser irmão do xogum. Kudo já tinha dirigido 12 filmes antes deste. E isso em um intervalo de apenas sete anos. Mas foi a partir de 13 Assassinos que seu nome tornou-se conhecido, não apenas no Japão, mas, também no ocidente. Aqui ele discute questões de honra e justiça, temas que são caros nesse tipo de história. E destaca também as diferenças entre um samurai e um ronin, entre obediência e liberdade. Sem esquecer, um segundo sequer, da ação desenvolvida em lutas extremamente bem coreografadas e convincentes. Este filme abre a famosa Trilogia da Revolução Samurai, que o diretor concluiria nos anos seguintes com O Grande Atentado, de 1964, e Onze Samurais, de 1967.
13 ASSASSINOS (Jusan-nin No Shikaku – Japão 1963). Direção: Eiichi Kudo. Elenco: Takayuki Akutagawa, Chiezo Kataoka, Kotaro Satomi, Ryohei Uchida, Tetsuro Tanba, Junko Fuji e Kantaro Suga. Duração: 125 minutos. Distribuição: Versátil.