Wallace, o atrapalhado inventor, e o cão Gromit, seu fiel amigo, apareceram pela primeira vez em um curta-metragem no ano de 1989. Criados por Nick Park, eles ganharam outros curtas e um longa, Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais, lançado em 2005 e vencedor do Oscar de animação. Após quase duas décadas a dupla está de volta em Wallace e Gromit: Avengança, dirigido por Park e Merlin Crossingham, a partir de um roteiro do próprio Park junto com Mark Burton. Essa nova aventura resgata o pinguim Feathers McGraw, o implacável criminoso que foi visto anteriormente no curta As Calças Erradas, ganhador do Oscar de melhor curta-metragem de animação em 1994. Como o próprio título já adianta, trata-se de uma história de vingança, no caso, de McGraw contra Wallace. E caberá ao intrépido Gromit salvar o dia. Como é comum na maior parte das produções dos Estúdios Aardman, temos aqui um filme animado feito com massinha e utilizando a secular técnica de stop-motion, ou seja, com todos os movimentos fotografados quadro a quadro. Uma das coisas que mais gosto nessa série é o fato de Gromit ser um cão que não fala. Além das inúmeras citações a outros filmes e séries de TV, bem com uma certa inocência e pureza que vejo cada vez mais ausentes em outras animações.
WALLACE E GROMIT: AVENGANÇA (Wallace and Gromit: Vengeance Most Fowl – Inglaterra 2024). Direção: Nick Park e Merlin Crossingham. Animação. Duração: 82 minutos. Distribuição: Netflix.
