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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

VIVER E MORRER EM LOS ANGELES

Para muitos cinéfilos a sequência de perseguição de Operação França, dirigida por William Friedkin em 1971, é uma das melhores, senão a melhor, da história do cinema. O próprio Friedkin tentou superá-la 14 anos depois, quando dirigiu, em 1985, Viver e Morrer em Los Angeles. O roteiro, escrito pelo próprio diretor junto com Gerald Petievich, autor do romance homônimo, é um policial bem ao estilo do cineasta: seco, tenso, direto e imprevisível. A ação gira em torno do agente do serviço secreto Richard Chance (William Petersen), em seu primeiro papel como protagonista. Ele tem sede de vingança e faz de tudo, legal ou não, para capturar Eric Masters (Willem Dafoe), um habilidoso falsificador. A câmera de Friedkin, frenética da primeira à última cena, mantém nosso olhar atento. Há também um cuidado especial na construção das personagens. Especialmente, Chance e Masters, que são impecavelmente interpretados por Petersen e Dafoe. A trilha sonora, bastante oitentista, completa o clima, aliada à paleta de cores quentes tão características da cidade californiana onde a história acontece. Com um orçamento de apenas seis milhões de dólares, modesto até para os padrões da época, Viver e Morrer em Los Angeles envelheceu bem e continua impactante em sua abordagem crua da violência em uma metrópole como a retratada aqui. Quanto a ter superado a cena de perseguição de Operação França, a escolha é sua. Para mim, ambas estão no mesmo nível de excelência.

VIVER E MORRER EM LOS ANGELES (To Live and Die in L.A. – EUA 1985). Direção: William Friedkin. Elenco: William Petersen, Willem Dafoe, John Pankow, John Turturro, Darlanne Fluegel, Dean Stockwell, Steve James, Robert Downey, Debra Feuer, Jane Leeves, Steve James e Michael Greene. Duração: 116 minutos. Distribuição: MGM/UA.

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