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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

VITALINA VARELA

Se você está acostumado a consumir apenas a dieta hollywoodiana de filmes, então sinto informar que Vitalina Varela, dirigido pelo cineasta português Pedro Costa, não lhe agradará. Mas se esse não for seu caso, pode se preparar para um sensível mergulho nessa intimista história. O roteiro, escrito pelo diretor junto com a atriz principal, meio que ficciona sua vida. Tudo tem início quando a personagem-título chega atrasada à Lisboa, vinda de Cabo Verde, para o enterro do marido. O que fazer então? Resolver as pendências e enfrentar a solidão e reconstruir a vida. Vida que ela queria ter construído em Portugal com o falecido, mas não teve a chance. Pedro Costa trabalha aqui com atores não profissionais, à maneira dos neorrealistas italianos. Além disso, junto com Leonardo Simões, o diretor de fotografia, desenvolve um apurado visual de luz e sombra que cria cenas ao mesmo tempo belas, inusitadas e impactantes. Além de Vitalina, outra figura interessantíssima na história é a do padre. Autoral, como de costume em sua filmografia, o cinema de Pedro Costa é um dos estimulantes feitos na Europa (e sem exagero algum, no mundo também) desde meados dos anos 1980. Um nome que você, amante do grande Cinema, assim mesmo com “C” maiúsculo, deve anotar, conhecer, prestigiar e aplaudir.

VITALINA VARELA (Portugal 2019). Direção: Pedro Costa. Elenco: Vitalina Varela, Ventura, Manuel Tavares Almeida, Francisco Brito, Marina Alves Domingues e João Baptista Fortes. Duração: 124 minutos. Distribuição: Zeta Filmes/MUBI.

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