Brian De Palma se apaixonou pela sétima arte em 1958, após assistir ao filme Um Corpo Que Cai, de Alfred Hitchcock. Ele se formou em Cinema por uma universidade e iniciou carreira no final dos anos 1960. Inspirado pela Nouvelle Vague francesa, fez parte da geração de cineastas que salvou Hollywood da estagnação criativa. De Palma sempre foi o mais aplicado de sua turma na arte de referenciar grandes filmes e cineastas. Seu diretor favorito é Hitchcock, de quem ele emulou o estilo de forma brilhante em boa parte de sua filmografia. Especialmente em Dublê de Corpo e neste Vestida Para Matar, de 1980, onde o manto hitchcockiano se faz notar pela referência direta ao clássico Psicose. Mas da mesma forma que em outros trabalhos do cineasta, não há aqui imitação ou cópia barata. Apesar de o filme abrir com uma cena no chuveiro, de termos a atriz principal tirada da trama com menos de meia hora de projeção e da identidade do culpado pelo crime, não há cópia nenhuma. De Palma vai além e mais uma vez subverte as expectativas e ainda se autorreferencia na personagem do jovem Peter Miller (Keith Gordon), um amante da ciência assim como ele próprio foi na adolescência.

VESTIDA PARA MATAR (Dressed to Kill – EUA 1980). Direção: Brian De Palma. Elenco: Michael Caine, Angie Dickinson, Nancy Allen, Keith Gordon, Dennis Franz, David Margulies, Susanna Clemm, Brandon Maggart e Bill Randolph. Duração: 104 minutos. Distribuição: Versátil.