Em quase todo o mundo esta obra-prima de Sergio Leone teve seu título nacional traduzido literalmente do original. Menos no Brasil. Aqui O Bom, O Mau e o Feio virou Três Homens em Conflito. Leone já havia realizado dois clássicos do western, Por Um Punhado de Dólares e Por Uns Dólares a Mais, ambos estrelados por Clint Eastwood. Assim como este Três Homens em Conflito, que fecha uma trilogia que revolucionou o gênero em meados dos anos 1960. Eastwood reprisa o papel do “homem sem nome” e consolida a persona que marcaria todos os seus futuros papéis. Leone conta uma história que se passa em um país arrasado por conta de uma guerra. Três pistoleiros, o bom (Eastwood), o mau (Lee Van Cleef) e o feio (Eli Wallach), terminam por se unir em busca de uma fortuna em ouro. Mas não se trata de uma “união”  harmoniosa. Os três possuem personalidades fortes o suficiente para manter qualquer tipo de trabalho instável. Mesmo que este trabalho venha a ser benéfico para eles. O diretor exercita e aprimora seu estilo único de contar uma história. Planos abertos, close ups (planos fechados, principalmente nos rostos dos atores)  e manipulação do tempo. Leone usa todos esses recursos e muito mais para criar e aumentar a tensão em cenas que hoje são copiadas exaustivamente. Um filme de mestre. Uma aula de cinema.