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SUPERMAN

Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, Superman apareceu pela primeira vez na edição nº 1 da revista Action Comics, em junho de 1938. Desde então o “filho de Kripton” faz parte da cultura pop e tem sido lido, ouvido e visto nos quadrinhos, em programas de rádio, séries de TV e oito longas de cinema, lançados entre 1978 e 2017. Após uma ausência das telonas de quase uma década, ele está de volta em Superman, escrito, produzido e dirigido por James Gunn. O novo filme chega em um momento bastante delicado para a DC Comics/Warner. Após o fracasso na criação de um universo compartilhado de seus heróis, a exemplo da rival Marvel, a estratégia foi contratar Gunn para dirigir o novo DC Studios com a missão de revigorar os filmes e séries da editora/estúdio. E para marcar esse reinício cinematográfico ninguém melhor que o maior herói de todos os tempos. Felizmente, Gunn não tentou reinventar a roda e muito menos fugir da essência da personagem, como fez Zack Snyder na década passada. Outra decisão acertada foi a de não reverenciar demasiadamente o clássico de Richard Donner, de 1978, algo feito por Bryan Singer em 2006. Ao longo desses quase 50 anos três atores deram vida ao kryptoniano no cinema: o icônico Christopher Reeve, o melancólico Brandon Routh e o sisudo Henry Cavill. Agora é a vez de David Corenswet vestir o uniforme azul com capa vermelha. Ele é, seguramente, a melhor personificação do “azulão” desde Reeve. O novo Superman não perde tempo em recontar a origem do herói. A ação inicia com tudo estabelecido. O mundo sabe da existência dos meta-humanos. Isso vale também para o homem de aço, que já está na ativa há três anos. O vilão da vez é o já conhecido Lex Luthor (Nicholas Hoult), bilionário, influente, inteligentíssimo e implacavelmente cruel nesta que é sua melhor encarnação até o momento. A destemida repórter Lois Lane é vivida por Rachel Brosnahan com a esperada sagacidade e uma ótima química com Corenswet. Além dessas figuras temos a participação de membros da Gangue da Justiça: Guy “Lanterna Verde” Gardner (Nathan Fillion), Mulher-Gavião (Isabela Merced), Senhor Incrível (Edi Gathegi) e Metamorpho (Anthony Carrigan). Não posso esquecer de Krypto, o supercão, que rouba a cena sempre que aparece. Há também outras questões bem pertinentes que são abordadas. Da geopolítica à manipulação de informações, passando por atos de xenofobia e propagação de notícias falsas. E nesse quesito, o Planeta Diário e a imprensa investigativa e responsável tem o papel fundamental de revelar a verdade dos fatos. Gunn disse ter se inspirado na HQ All-Star Superman, de Grant Morrison e Frank Quitely. Pode até ser, mas é visível outra grande fonte de inspiração: as animações. O cineasta, fiel ao seu consagrado estilo já visto em Guardiões da Galáxia, O Esquadrão Suicida, O Pacificador e Comando das Criaturas, faz aqui o que sabe fazer. Temos muita ação, drama, humor e uma boa mistura de gêneros. No entanto, o aspecto solar e altruísta do herói está intacto e presente com muita força. Especialmente quando se trata de seu maior superpoder: a humanidade! Em tempo: há duas cenas nos créditos finais.       

SUPERMAN (EUA 2025). Direção: James Gunn. Elenco: David Corenswet, Rachel Brosnahan, Nicholas Hoult, Nathan Fillion, Isabela Merced, Edi Gathegi, Anthony Carrigan, Skyler Gisondo, Maria Gabriela de Faría, Frank Grillo e Wendell Pierce. Duração: 130 minutos. Distribuição: Warner.

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