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SOB FOGO CERRADO

Nos últimos anos, Roger Spottiswoode diretor canadense radicado nos Estados Unidos, tem feito mais trabalhos para a televisão. No entanto, após o período que compreende o início de sua carreira no audiovisual como montador, em 1971, até a estreia como diretor em 1980, ele fez muito cinema, sobretudo nas duas décadas seguintes, e era aquele tipo de diretor versátil em diferentes gêneros. Sob Fogo Cerrado, de 1983, é um bom exemplo dessa versatilidade. Como disse o cineasta francês Eric Rohmer, “todo filme é um documento de sua época”. A afirmação é corretíssima. Há obras que são realmente um registro da época em que foram feitas. Mas há outras com características que transcendem essa limitação e se tornam atemporais. O filme de Spottiswoode se enquadra nesse grupo. O roteiro de Clayton Frohman e Ron Shelton se inspira em fatos: a guerra civil contra o presidente Somoza ocorrida na Nicarágua em 1979. A história aqui gira em torno de Russel Price (Nick Nolte), jornalista fotográfico que se vê entre o exército e o povo nicaraguenses e busca se manter neutro. Uma foto o coloca diretamente dentro daquele conflito e junto do casal Claire (Joanna Cassidy) e Alex (Gene Hackman) precisam se esconder dos militares. Sob Fogo Cerrado faz jus ao título que tem. É tenso e impactante do começo ao fim. E como destaquei no meio desta resenha, apesar de realizado há mais de 40 anos, continua, infelizmente, bastante atual.     

SOB FOGO CERRADO (Under Fire – EUA 1983). Direção: Roger Spottiswoode. Elenco: Nick Nolte, Gene Hackman, Joanna Cassidy, Ed Harris, Alma Martinez, Jean-Louis Trintignant, Richard Masur e Holly Palance. Duração: 128 minutos. Distribuição: MGM.

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