Se o filme Sing Sing fosse apresentado como um documentário, dificilmente não seria aceito como tal. Segundo longa dirigido por Greg Kwedar, também autor do roteiro ao lado de Clint Bentley. Eles tiveram como base as obras Breakin’ the Mummy’s Code, de Brent Buell, e The Sing Sing Follies, de John H. Richardson, por sua vez inspiradas pelas histórias reais de Clarence Maclin e John “Divine” G. Whitfield. Ou seja, a inspiração é bastante real e transparece já a partir da sequência inicial esse caráter documental se faz presente. Além, obviamente, do elenco composto por detentos da prisão que dá título ao filme. Apenas dois deles são atores profissionais: Colman Domingo, que interpreta Divine G; e Paul Raci, que faz o papel do diretor do grupo de teatro dos presidiários. Acompanhamos aqui a rotina desses homens que encontram na arte de representar uma válvula de escape para a dura realidade que enfrentam. Não se trata de um tema novo. Mostrar a arte como uma poderosa ferramenta capaz de transformar o mundo e tudo ao seu redor é uma premissa recorrente. Mas em Sing Sing isso adquire um valor quase transcendental por conta do forte senso de realidade apresentado. E ver essa transformação diante de nossos olhos é, para dizer o mínimo, impactante. Em tempo: O filme recebeu três indicações ao Oscar 2025 nas categorias de ator (Colman Domingo), roteiro adaptado e canção original.
SING SING (EUA 2023). Direção: Greg Kwedar. Elenco: Colman Domingo, Clarence Maclin, Paul Raci, Sean San Jose, Jon-Adrian Velazquez, Patrick Griffin, Sean Dino Johnson e Mosi Eagle. Duração: 107 minutos. Distribuição: Diamond Films.