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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

SCARFACE (1983)

Uma combinação explosiva e de primeira. Al Pacino no papel principal, Brian De Palma na direção e roteiro de Oliver Stone, inspirado na versão original de 1932, Scarface – A Vergonha de Uma Nação, de Howard Hawks. Nesta refilmagem acompanhamos Tony Montana (Pacino), um refugiado cubano que chega à Miami e ascende rapidamente até se tornar o grande chefão das drogas. Tendo como pano de fundo as cores vivas e fortes da Flórida, realçadas sobremaneira pela luminosa fotografia de John A. Alonzo, o Scarface de De Palma, da mesma forma que a primeira versão, tem elementos de tragédia grega e drama shakespeareano. Tony, sempre acompanhado de seu braço direito Manny (Steven Bauer), abre seu caminho com muito sangue e violência. Paralelo ao poder conquistado por Tony, a história destaca também suas fraquezas, que aparecem representadas nas duas figuras femininas importantes na trama: sua mulher Elvira (Michelle Pfeiffer) e sua irmã Gina (Mary Elizabeth Mastrantonio). Aliado a isso, existe ainda o vício em cocaína que ele adquire. Tudo junto termina por criar um grande mosaico que é explorado em todas as suas nuances pelo complexo roteiro de Stone e pela criativa e vigorosa direção de De Palma. Um clássico moderno completo e indiscutível. Como diria Tony: “say hello to my little friend”.
SCARFACE (Scarface – EUA 1983). Direção: Brian De Palma. Elenco: Al Pacino, Steven Bauer, Michelle Pfeiffer, Mary Elizabeth Mastrantonio, Robert Loggia, Miriam Colon, F. Murray Abraham, Paul Shenar, Harris Yulin, Angel Salazar, Michael P. Moran e Pepe Serna. Duração: 170 minutos. Distribuição: Universal.

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2 respostas

  1. Uma obra que destoa da estética cinematográfica recorrente em De Palma faz desse filme uma obra “menos de autor” e “mais de seu tempo”, na falta de termos melhores. E, olhando hoje (casualmente o reassisti um mês atrás), afirmo que seja um filme mais vanguardista do que clássico – é uma obra que, se não for para o nosso deleite, vale para nosso conhecimento. Detlahe: Pacino e De Palma retormariam o assunto “gangues latinas” uma década depois, com mais-do-que-excelente “O Pagamento Final”.

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