Clint Eastwood já trabalhava como ator desde 1955. Porém, sua estreia na direção só veio a acontecer em 1971, com Perversa Paixão. E ele tomou gosto pela coisa. Tanto que ao longo dos seis anos seguintes dirigiu seis filmes. Rota Suicida, de 1977, foi seu sexto longa, logo após o sucesso de Josey Wales – O Fora da Lei. O roteiro de Michael Butler e Dennis Shryack nos apresenta uma premissa bem simples. Ben Shockley (Eastwood) é um policial durão, honesto e alcoólatra. Ele recebe a missão de escoltar a prostituta Gus Mally (Sondra Locke, na época, casada com o cineasta na vida real) para testemunhar em um julgamento em Los Angeles. O problema é que este depoimento, caso seja dado, colocará na cadeia um colega corrupto de Shockley. Rota Suicida trata justamente da luta de Shockley e Mally para chegarem vivos ao seu destino. Não espere grandes novidades aqui. Eastwood sabe que o material que dispõe é pouco original. No entanto, estamos diante de um diretor que tem uma perfeita noção de tempo, espaço e ritmo. Isso faz do filme algo bem acima da média. E não poderia ser diferente. Eastwood demonstra mais uma vez que aprendeu muito bem as lições nos policiais em que foi dirigido pelo grande Don Siegel.
ROTA SUICIDA (The Gauntlet – EUA 1977). Direção: Clint Eastwood. Elenco: Clint Eastwood, Sondra Locke, Bill McKinney, William Prince e Pat Hingle. Duração: 109 minutos. Distribuição: Warner.
