Antes de passar a escrever e dirigir filmes, a espanhola Icíar Bollaín trabalhou por uma década como atriz. Ao todo são mais de 40 anos dedicados à sétima arte. Redenção, de 2021, é um de seus trabalhos mais conhecidos como diretora e trata de uma história real. O roteiro, escrito por Bollaín ao lado de Isa Campo, nos apresenta Maixabel Lasa (Blanca Portillo), uma mulher que teve seu marido assassinado por terroristas do ETA, sigla de Euskadi Ta Askatasuna, ou “País Basco e Liberdade”, em português. 11 anos depois do crime, ela se vê diante de uma difícil decisão: aceitar o pedido de perdão de um dos assassinos, Luis (Urko Olazabal). Redenção tem uma primeira parte confusa em decorrência de uma montagem truncada. Muitas coisas acontecem sem que fique evidente o que se deve acompanhar. No entanto, felizmente, a segunda parte compensa tudo ao se dedicar de forma eficiente ao que realmente importa: uma profunda reflexão sobre culpa e arrependimento. Nesse ponto, a diretora, através do relato da postura de Maixabel, revela o forte caráter humanista de sua obra.
REDENÇÃO (Maixabel – Espanha 2021). Direção: Icíar Bollaín. Elenco: Blanca Portillo, Luis Tosar, Urko Olazabal, María Cerezuela, Tamara Canosa, María Jesús Hoyos, Arantxa Aranguren e Bruno Sevilla. Duração: 116 minutos. Distribuição: Pandora Filmes.