Alfred Hitchcock dirigiu o Psicose original em 1960, adaptado por Joseph Stefano do romance de Robert Bloch. 23 anos depois, Richard Franklin deu continuidade àquela história em Psicose II, que o roteirista Tom Holland conseguiu expandir trazendo Norman Bates de volta após o cumprimento da sentença determinada no primeiro filme. O sucesso da parte 2 fez com que a Universal planejasse uma trilogia com o proprietário do Bates Motel. Mas o ator Anthony Perkins somente aceitou voltar mais uma vez ao personagem se também fosse o diretor. O estúdio concordou e Psicose III foi lançado em 1986, com roteiro de Charles Edward Pogue, que no mesmo ano coescreveu A Mosca, de David Cronenberg. Tudo começa cerca de um mês após os eventos do filme anterior. Norman conta com a ajuda de Duane (Jeff Fahey) para cuidar do hotel e recebe duas hóspedes: a ex-freira Maureen (Diana Scarwid) e a jornalista Tracy (Roberta Maxwell). Mas Norman se apaixona por Maureen e alguém vestido como sua mãe começa a matar as pessoas que rondam o local. Perkins, como diretor, deixa evidente sua inexperiência na área. Mas não há como negar seu esforço em retratar Norman de uma maneira mais trágica do que nas outras duas partes feitas antes. E ainda desenvolve alguns planos bem criativos. Infelizmente, o filme não encontrou seu público e fracassou nas bilheterias. Isso enterrou a possibilidade de um quarto capítulo nos cinemas. Mas ele veio, quatro anos depois, em 1990, no telefilme Psicose 4: A Revelação, de Mick Garris, onde ficamos conhecendo o passado remoto de Norman, vivido quando jovem por Henry Thomas, o Elliott, de E.T.
PSICOSE III (Psycho III – EUA 1986). Direção: Anthony Perkins. Elenco: Anthony Perkins, Diana Scarwid, Jeff Fahey, Roberta Maxwell, Hugh Gillin, Lee Garlington, Robert Alan Browne e Juliette Cummins. Duração: 93 minutos. Distribuição: Universal.
