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PLANO 75

Em 2018 a cineasta japonesa Chie Hayakawa, então com dois curtas em seu currículo, participou de um projeto coletivo Junen: Ten Years Japan com outros quatro cineastas que tinha como tema imaginar como estaria o Japão dali a dez anos. O segmento dela foi embrião de seu longa de estreia, Plano 75, que ela veio a realizar quatro anos depois. O roteiro escrito por Hayakawa tem por base uma história criada por ela junto com Jason Gray e nos leva a um futuro próximo e distópico onde um programa do governo é ofertado aos maiores de 75 anos com o objetivo de resolver o problema de envelhecimento da sociedade. O plano que dá título ao filme propõe uma eutanásia assistida e encontra na idosa Michi (Chieko Baisho) a figura central de um importante debate ético e moral. Plano 75 aborda um tema difícil, polêmico e atual ao perguntar o que faremos com nossos velhos. A resposta que o filme apresenta através desse programa governamental vem “embalada” como um serviço que se propõe já a partir do atendimento bem caloroso dos funcionários na apresentação de suas vantagens. A diretora expõe tudo sem pieguice ou manipulação. A aparente frieza na abordagem torna tudo ainda mais cruel e é justamente daí que Hayakawa extrai a força de sua narrativa que tem à frente do elenco uma atriz talentosa como Chieko Baisho.

PLANO 75 (Plan 75 – Japão/França/Filipinas/Catar 2022). Direção: Chie Hayakawa. Elenco: Chieko Baisho, Hayato Isomura, Stefanie Arianne, Yumi Kawai e Hisako Okata. Duração: 113 minutos. Distribuição: Sato Company.

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