São muitos os adjetivos necessários para exprimir as qualidades de Os Sete Samurais. Para início de conversa, utilizarei apenas um: grandioso. Seu diretor, Akira Kurosawa, já era conhecido no Ocidente por conta de sua participação em festivais de cinema. Mas, foi com Os Sete Samurais que ele se tornou conhecido mundialmente pelo grande público. O filme conta a história de um veterano e decadente samurai que é contratado por um pequeno e pobre vilarejo para defendê-los de um bando de criminosos. Ele reúne então outros seis samurais para a missão e o grupo ensina os moradores a desenvolver suas habilidades para que todos, juntos, possam enfrentar o inimigo. A trama é simples e regional, porém, são histórias assim que conseguem dialogar com todo mundo porque têm um caráter universal. Kurosawa, também autor do roteiro, não perde o foco em nenhum momento. Sua narrativa é emocionante, envolvente e espetacular. A edição especial lançada pela Europa traz preciosos extras sobre a carreira do diretor e sobre a produção do filme. Por mais que eu escreva, sempre faltarão palavras para expressar corretamente a grandeza e a importância de Os Sete Samurais. Se você já o viu, reveja. Se ainda não o viu, não perca tempo. Ele é simplesmente obrigatório. E ponto final. Uma curiosidade: essa mesma história foi transformada em um faroeste, Sete Homens e Um Destino, dirigido em 1960, por John Sturges.