Os Doze Condenados é uma das principais inspirações de Quentin Tarantino em Bastardos Inglórios. É também considerado por muitos um dos melhores filmes “de missão” de todos os tempos. Dirigido com segurança e, principalmente, com tempo por Robert Aldrich em 1967, Os Doze Condenados é um filme cheio de ritmo e agilidade narrativa, porém, sabe dar espaço às personagens para que possamos conhecê-las melhor. E não estamos falando de um elenco pequeno, a história possui pelo menos 15 protagonistas. A trama acontece durante a Segunda Guerra Mundial. O Major Reisman (Lee Marvin) precisa montar um grupo de soldados para uma missão suicida de ataque aos nazistas. Para tanto, recebe doze prisioneiros que foram condenados à morte. A proposta que é oferecida a eles é bem simples e direta: perdão do crime caso aceitem a missão e sejam bem sucedidos. Aldrich, pacientemente, monta seu tabuleiro e nos apresenta, sem pressa, cada uma das personagens. Não pense que isso seja ruim para o filme. Muito pelo contrário. Isso nos dá tempo para vermos de maneira clara as motivações de cada um. Acompanhamos o treinamento e a missão especial que é designada ao grupo. Carregado de muito humor nada correto e com um elenco de primeira, Os Doze Condenados foi um dos primeiros filmes, se não o primeiro, a defender a máxima “nazista bom é nazista morto”. John Wayne foi o primeiro escalado para o papel do Major Reisman, mas recusou por estar dirigindo o longa Os Boinas Verdes.