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O ÚLTIMO DOS MOICANOS

Michael Mann é um dos grandes diretores do cinema americano contemporâneo em atividade. Ao lado de Martin Scorsese, Brian DePalma, David Fincher e Christopher Nolan, ele tem um estilo bem pessoal de contar suas histórias. Existe um tema que é recorrente em seus trabalhos: o conflito entre as diferenças, sejam elas culturais, de caráter ou de princípios. O Último dos Moicanos, de 1992, primeira grande produção que ele dirigiu, lida também com esse tema, ao contar uma história de amor que tem como pano de fundo histórico a luta entre americanos, ingleses e franceses, em meados do Século XVIII, no norte dos Estados Unidos. A personagem de Daniel Day-Lewis, Hawkeye, é a síntese perfeita desse conflito. Ele é branco e americano, porém, foi criado por índios e defende a cultura nativa dos indígenas. Para complicar ainda mais a situação, ele se apaixona pela filha de um oficial inglês e termina se envolvendo em uma teia de vinganças provocada pela guerra. Michael Mann é um perfeccionista extremado. Outra característica sua é não gostar muito de filmar em estúdio. Ele aprecia bastante as filmagens externas e nesse quesito, O Último dos Moicanos é primoroso, a começar pela reconstituição de época. As paisagens naturais mostradas são de tirar o fôlego. Mas, não pense que se trata de mais um filme com muitos “enfeites” e pouco conteúdo. O cinema de Mann é profundo nas discussões que propõe e ele as defende, sempre, com muita competência.
O ÚLTIMO DOS MOICANOS (The Last of the Mohicans – EUA 1992). Direção: Michael Mann. Elenco: Daniel Day-Lewis, Madeleine Stowe, Russell Means, Eric Schweig, Jodhi May, Steven Waddington, Wes Studi, Pete Postlethwaite e Maurice Roëves. Duração: 113 minutos. Distribuição: Warner.

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Respostas de 2

  1. Primoroso sim. Trevor Jones com uma trilha inspiradíssima (o que é aquele violino em The Kiss!!!). Tive o prazer de assistir esse filme sem saber nada sobre a história (mais tarde veria outra versão cinematográfica e leria o livro). Hoje acredito que a experiência do cinema precisa dessa pureza, dessa limpeza mental, para que se curta a obra como algo único, como algo nunca visto, como algo que esteja acontecendo pela primeira vez. E, por fim, esse também é um dos meus Top 10 daqueles filmes que lamentavelmente perdi de ver no cinema…

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