Em mais de 50 anos de carreira, o cineasta americano Barry Levinson já atuou em muitas frentes e trabalhos, seja como roteirista, produtor ou diretor. O Último Ato, de 2014, utiliza como base o romance homônimo de Philip Roth, adaptado por Buck Henry e Michael Zebede. A história gira em torno do ator Simon Axler (Pacino), que entra em crise ao sentir que perdeu a capacidade de interpretar. Após uma breve internação em uma clínica de repouso, ele passa a se consultar virtualmente com um terapeuta e vai morar sozinho em sua mansão. Certo dia, Simon recebe a visita da jovem Pegeen (Greta Gerwig), que passa a viver na enorme casa também. A partir daí, o consagrado intérprete de Shakespeare se vê preso entre o real e o irreal. O Último Ato é inteiro de Al Pacino. Apesar do grande elenco, é ele que está no centro de todas as cenas e as domina como de costume com seu já conhecido talento. Isso não significa que os demais atores e atrizes não mereçam destaque. Pelo contrário. Mas é que Pacino é aquele tipo de artista que os americanos costumam chamar de “maiores que a vida”. E este filme é apenas mais uma prova disso.
O ÚLTIMO ATO (The Humbling – EUA 2014). Direção: Barry Levinson. Elenco: Al Pacino, Greta Gerwig, Charles Grodin, Nina Arianda, Mary Louise Wilson, Dan Hedaya, Dianne Wiest, Billy Porter, Kyra Sedgwick, Li Jun Li e Dylan Baker. Duração: 112 minutos. Distribuição: Califórnia Filmes.
