A grande e arriscada aposta da New Line em produzir a trilogia baseada nos livros de J.R.R. Tolkien já tinha se revelado uma jogada certeira por conta do enorme sucesso de público e crítica da parte um: O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel. A audiência para a continuação estava garantida e isso só fez aumentar a expectativa em relação a este segundo filme, O Senhor dos Anéis: As Duas Torres. Em qualquer boa trilogia, a história do “meio” é muito importante. É ela que, no final, vai ligar as pontas e preparar o terreno para a conclusão de tudo. Aqui, a trama começa exatamente no ponto onde a anterior termina. A Sociedade do Anel, agora dividida em três núcleos, está rompida. Mas a missão maior, que é destruir o Um Anel, continua. Aragorn, Gandalf, Legolas e Gimli chegam à Rohan. Pippin e Merry encontram os Ents. Frodo e Sam, que continuam seguindo em direção à Mordor, são obrigados a confiar suas vidas a Gollum. As forças de Saruman e Sauron continuam atacando e temos o ponto alto desse confronto na batalha de Helm’s Deep. Novas personagens são apresentadas, porém, a de maior destaque, seja pela complexidade de sua personalidade ou pela maneira genial com que é representada em cena é Gollum, uma figura inteiramente digital, seguramente uma das mais perfeitas personagens gerada por computador em todos os tempos e que tem em Andy Serkis um ator completo para interpretá-la. Peter Jackson realiza em As Duas Torres a sua “mexida” mais radical em relação ao material original. Quem leu os livros sabe bem do que eu estou falando. Uma sugestão: Procure ver a versão estendida. Ela possui cenas indispensáveis ligadas ao comportamento de Gollum e, por mais paradoxal que pareça, apesar de mais longa, ela flui melhor e dá a impressão de ser mais curta.
O SENHOR DOS ANÉIS: AS DUAS TORRES (The Lord of the Rings: The Two Towers – EUA/Nova Zelândia 2002). Direção: Peter Jackson. Elenco: Elijah Wood, Viggo Mortensen, Ian McKellen, Liv Tyler, Sean Astin, Cate Blanchett, John Rhys-Davies, Orlando Bloom, Sean Bean, Billy Boyd, Dominic Monaghan, Andy Serkis, Hugo Weaving, Bernard Hill, Miranda Otto, Karl Urban, Brad Dourif e Christopher Lee. Duração: 179 minutos. Distribuição: Warner.
Respostas de 2
O Gollum é perfeito! Não consigo imaginar algo melhor!
Para quem leu os livros, ou para malucos (como eu) que leram outros como Silmarillion, O Hobbit, Contos Inacabados e o Senhor dos Anéis, sabe que alterações importantes (algumas necessárias para o cinema) aconteceram não apenas de fatos, mas de personagens.
Mas isso não diminui a trilogia, que é fabulosa e a batelada de premios provam isso.
“Fucking awesome!”