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O PATRÃO: RADIOGRAFIA DE UM CRIME

O cineasta argentino Sebastián Schindel realizou dez documentários entre 2001 e 2012 até sua estreia em longas com este O Patrão: Radiografia de Um Crime, feito em 2014. O roteiro, escrito por ele próprio junto com Javier Olivera, tem por base o livro homônimo de Elías Neuman, que por sua vez relata um assassinato ocorrido em Buenos Aires. Somos apresentados ao humilde e pouco letrado Hermogenes Saldivar (Joaquín Furriel), que trabalha em um açougue do sinistro senhor Latuada (Luis Ziembrowski). Não bastasse a comercialização de carne estragada, a relação de trabalho, se é que podemos chamar assim, é de total escravidão. Schindel conduz sua narrativa em idas e vindas entre o presente e o passado dessas personagens. O fio condutor é o trabalho de investigação do advogado Di Giovanni (Guillermo Pfening), que assume a defesa de Saldivar. O Patrão, além de se revelar um eficiente suspense, consegue também traçar um preciso painel social da Argentina, e que vale para muitos países, inclusive o Brasil. Há uma frase do filósofo Rousseau que afirma ser o homem produto do meio em que vive. Não poderia haver resumo melhor para esse filme.

O PATRÃO: RADIOGRAFIA DE UM CRIME (El Patrón: Radiografía de un Crimen – Argentina 2014). Direção: Sebastián Schindel. Elenco: Joaquín Furriel, Guillermo Pfening, Luis Ziembrowski, Mónica Lairana, Victoria Raposo, Andrea Garrote, Germán de Silva e Ricardo Diáz Mourelle. Duração: 99 minutos. Distribuição: Netflix.

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