O cinema sul-coreano vem se destacando nos últimos anos por sua diversidade e qualidade. Nomes como Chan-wook Park, que realizou Oldboy, e Bong Joon-ho, diretor de O Hospedeiro, são dois de seus maiores expoentes. Até pouco tempo, quando falávamos em cinema oriental costumávamos nos referir quase que exclusivamente aos filmes feitos no Japão. Hoje, felizmente, o panorama é outro. O mais curioso e estimulante em O Hospedeiro é que se trata de um filme de monstro. Começa como um filme de monstro, com todos aqueles clichês do gênero, inclusive, em relação aos responsáveis por tudo. Existe até um subtexto de caráter ecológico. Na trama, um monstro aparece no rio Han, em Seul, e desestrutura a vida de Gang-du (Song Hang-ho), que é dono de um quiosque de lanches próximo da beira do rio. A partir daí, sua única preocupação é ter a família reunida novamente, nem que para isso tenha que enfrentar o monstro e o governo juntos. Surpreendentemente, o diretor tira o foco da criatura e nos revela um forte drama familiar. Na verdade, o monstro continua na história, mas ele se torna uma espécie de coadjuvante de luxo, aparecendo aqui e ali, de maneira violenta e cômica ao mesmo tempo. Apesar do aspecto um pouco trash de algumas sequências, O Hospedeiro tem personalidade própria.
O HOSPEDEIRO (Gwoemul – Coréia do Sul 2006). Direção: Bong Joon-ho. Elenco: Song Kang-ho, Hie-bong Byeon, Hae-il Park, Doona Bae e Ah-sung Ko. Duração: 119 minutos. Distribuição: Swen Filmes.
Respostas de 2
Eis aí, um nome para ser lembrado: Joon-ho Bong.
O crescimento do cinema coreano é nítido e acho que meu preferido ainda é Oldboy. Este O Hospedeiro não me agradou tanto, apesar de possuir ótimas cenas no quesito direção, como na primeira aparição do monstro.