Sempre juntos, eternamente separados. Isso resume a maldição lançada pelo bispo de Áquila ao casal Navarre e Isabeau. Durante o dia ela se transforma em um falcão e durante a noite ele se transforma em um lobo. É somente na brevidade crepuscular que eles conseguem se ver em suas formas humanas. Isabeau, vivida por Michelle Pfeiffer em seu momento de maior beleza, despertou no bispo (John Wood) uma paixão e um ciúme incontroláveis. Quando ele descobre que ela é apaixonada pelo chefe da guarda Etienne Navarre, papel de Rutger Hauer, seu ódio e frustração cuidam para que os dois fiquem impossibilitados de concretizar esse amor. O casal encontra um ladrão conhecido como Rato (Matthew Broderick), que fugiu da prisão e decide ajudá-los a quebrar o feitiço. A história de O Feitiço de Áquila se passa na Idade Média e mistura romance, aventura, suspense e comédia. O diretor Richard Donner consegue um excelente resultado, principalmente, por conta das acertadas escolhas que fez para o elenco e para as locações. Ter filmado na Itália deu ao filme o clima de conto de fadas que a história precisava e é impossível imaginar outros atores na pele das personagens desta fantasia, que continua encantadora.
O FEITIÇO DE ÁQUILA (Ladyhawke – EUA 1985). Direção: Richard Donner. Elenco: Matthew Broderick, Michelle Pfeiffer, Rutger Hauer, Leo McKern, John Wood, Alfred Molina e Ken Hutchison. Duração: 121 minutos. Distribuição: Fox.
Respostas de 5
O “Rato” põe, na medida certa, o humor que alivia a tragédia entre os amantes. Ótima dica para assistir neste domingo, assim, nos horários crepusculares!
Donner parece impor a si mesmo uma versatilidade narrativa. Do filho do demônio, passando pelo filho de Krypton, nos presenteia com Slot e Riggs. E no meio disso tem o lusco-fusco de Áquila. Vi uma única vez, como se tivesse visto para sempre.
Eu concordo com você Marden, o filme continua encantador…. vimos várias vezes e não me recusaria a ver novamente. Beijos
ação… fantasia e aventura aplicados nas doses certas… diversão garantida, quem kurtiu esse pode gostar de WILLOW ou A LENDA.
intepz,
JOPZ
Volto aqui hoje para comentar que ainda ontem tive um insight sobre uma metáfora que esse filme apresenta que, se não é verdadeira, é bem-humorada. Dizem por aí que homens e mulheres convivem num mesmo mundo por motivos diferentes – mais especificamente e de forma reducionista, no matrimônio, podemos dizer que enquanto o homem busca sexo, a mulher quer romance. Então, somente em alguns momentos fugazes, quase em átimos, eles estão no mesmo lugar, vivendo uma mesma realidade… Será?!