A dupla de roteiristas franceses Alexandre de La Patellière e Mathieu Delaporte é responsável pelo sucesso de Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan e Os Três Mosqueteiros: Milady, ambos de 2023 e dirigidos por Martin Bourboulon. Agora eles assumem roteiro e direção de uma outra obra famosa de Alexandre Dumas, O Conde de Monte Cristo, versão 2024. Adaptar uma história tão conhecida e querida e que já teve outras populares versões, como as de 1934, 1975 e 2002, além da minissérie de 1998, é sempre uma tarefa de risco. Para minha surpresa, e digo isso como alguém que tem esse livro como um de meus favoritos da vida, Patellière e Delaporte se saem muito bem ao recontar essa conhecida trama de vingança de Edmond Dantès (Pierre Niney), preso injustamente por 14 anos. Na prisão, ele fica amigo do abade Faria (Pierfrancesco Favino), que lhe ensina muitas coisas e revela um segredo. Após fugir de maneira espetacular, Dantès se apossa do fabuloso tesouro de Monte Cristo e volta na pele do poderoso Conde. É hora, então, do esperado ajuste de contas com os três inimigos que conspiraram contra ele e traíram sua amizade, tiraram sua honra e roubaram seu amor. Algumas liberdades foram tomadas pela dupla de roteiristas/diretores. Mas reconheço que elas funcionam a favor da narrativa. E não convém mencioná-las aqui para evitar spoilers. Enfim, O Conde de Monte Cristo, assim como todas as versões anteriores, é diversão garantida.
O CONDE DE MONTE CRISTO (Le Comte de Monte-Cristo – França 2024). Direção: Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte. Elenco: Pierre Niney, Anaïs Demoustier, Laurent Lafitte, Pierfrancesco Favino, Patrick Mille, Vassili Schneider, Anamaria Vartolomei, Julien De Saint Jean e Julie De Bona. Duração: 178 minutos. Distribuição: Paris Filmes.