George Clooney trabalha como ator desde 1978. A partir de 2002 ele passou a acumular a função de diretor. O Céu da Meia-Noite, de 2020, é seu sétimo longa atrás das câmaras. O roteiro, adaptado por Mark L. Smith, tem por base o livro Good Morning, Midnight, de Lily Brooks-Dalton. A história gira em torno do doutor Augustine (Clooney), um solitário cientista isolado no Ártico que tenta alertar os astronautas que estão em uma missão especial a não retornarem à Terra, que foi devastada por uma misteriosa catástrofe. O filme começa muito bem e nos situa com precisão no dilema vivido por Augustine. Paralelo a isso, vemos cenas do passado do cientista e dos tripulantes de uma nave que viaja de volta para nosso planeta. A premissa inicial é bastante animadora, no entanto, perde fôlego à medida que a história avança, o que torna tudo muito enfadonho em diversos momentos. Parece que a trama não anda. Que fique claro que não vejo problema algum em filmes lentos, contemplativos e filosóficos. Há exemplos excepcionais de ficções-científicas que exploraram esse filão. O Céu da Meia-Noite, em que pese o bem cuidado desenho de produção, simplesmente não funciona.
O CÉU DA MEIA-NOITE (The Midnight Sky – EUA 2020). Direção: George Clooney. Elenco: George Clooney, Felicity Jones, David Oyelowo, Caoilinn Springall, Kyle Chandler, Demián Bichir, Tiffany Boone, Sophie Rundle, Ethan Peck e Tim Russ. Duração: 118 minutos. Distribuição: Netflix.
