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O CAPITAL

Apesar do título semelhante, O Capital, dirigido por Costa-Gavras, cineasta grego radicado na França, não é uma adaptação da obra de Karl Marx. Com roteiro escrito pelo próprio diretor, junto com Karim Boukercha e Jean-Claude Grumberg, a partir do romance de Stéphane Osmont, a história lida com um tema bem recorrente na filmografia de Gavras: o poder. Desta feita, o poder do dinheiro. Pense em Wall Street, de Oliver Stone, porém, com um teor mais politizado e questionador. Aqui acompanhamos a ascensão de Marc Tourneuil (Gad Elmaleh), uma pequena peça do sistema financeiro que chega ao topo de uma grande engrenagem. O crescimento de Marc dentro do banco onde trabalha provoca ciúmes e gera intrigas. Além disso, o filme apresenta outras subtramas e disseca de maneira implacável a maneira como as personagens conduzem suas vidas pessoais. A visão que o cineasta apresenta do mundo capitalista não é das mais simpáticas. Pode parecer clichê, mas, neste mundo, o valor de alguém é medido pelo dinheiro que ele tem. E este é o mote que o diretor puxa para deixar claro seu ponto de vista. O poder, seja ele político, religioso ou econômico, vicia, corrompe e esteriliza o indivíduo. Quem conhece a obra de Costa-Gavras, sabe muito bem do que está falando.  

O CAPITAL (Le Capital – França 2012). Direção: Costa-Gavras. Elenco: Gad Elmaleh, Gabriel Byrne, Natacha Régnier, Céline Sallette e Hippolyte Girardot. Duração: 113 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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