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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

NINOTCHKA

Hollywood sempre soube se renovar e buscar no exterior novos talentos, novas ideias. Foi durante os anos 1930 e 1940, que os estúdios americanos “importaram” grandes diretores, roteiristas e atores europeus. Essa migração de talentos contribuiu para o surgimento de uma maneira diferente de se fazer cinema nos Estados Unidos. E foi nesse período que se consolidou o que hoje conhecemos como comédia clássica e/ou sofisticada, aquela que se sustenta em diálogos rápidos e precisos, em situações inusitadas e que apela para a inteligência do espectador e nunca para o humor puramente visual. Ninotchka, de 1939, é um ótimo exemplo desse tipo de comédia: dirigida pelo alemão Ernst Lubistch, que impôs um jeito próprio de fazer filmes e fez escola; escrita pelo austríaco Billy Wilder, que nos anos seguintes se tornaria o mais versátil dos diretores e estrelada pela sueca Greta Garbo, que construiu uma imagem de mulher misteriosa, reforçada por sua beleza fria e enigmática. Ninotchka conta a história de uma agente russa e mal-humorada, vivida por Garbo, que é enviada a Paris para averiguar o motivo do atraso de três “camaradas” em executar uma missão. Lubitsch e Wilder subvertem completamente a lógica “soviética” da agente e oferecem algo que muitos não acreditavam ser possível: fazem Greta Garbo ri. Aliás, foi isso que o estúdio usou como chamariz para “vender” o filme.
NINOTCHKA (EUA 1939). Direção: Ernst Lubitsch. Elenco: Greta Garbo, Melvyn Douglas, Bela Lugosi, Sig Rumann, Felix Bressart, Ina Claire, Alexander Granach, Gregory Gaye, Rolfe Sedan e Richard Carle. Duração: 110 minutos. Distribuição: Warner.

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