Apesar de feitos em momentos diferentes e sem aparente conexão, Lady Bird, escrito e dirigido pela atriz Greta Gerwig em 2017, compõe junto com Frances Ha, de 2012, e este Mistress America, de 2015, uma espécie de trilogia. Esses dois últimos foram dirigidos por Noah Baumbach e roteirizados por ele junto com Gerwig, o que, por si só, já garante uma certa unidade temática. Aqui temos uma caloura universitária, Tracy (Lola Kirke), morando sozinha pela primeira vez na cidade grande, no caso, Nova York. Ela sonha entrar para o clube de escritores da universidade e resolve, a pedido da mãe, procurar por Brooke (Gerwig), filha de seu futuro padrasto. As duas se dão muito bem de imediato e a boa química entre as atrizes deixa isso bastante claro. Até que a realidade se impõe. Mistress America foi imaginado pela dupla de roteiristas tendo como inspiração as obras criadas por John Hughes. O que faz todo o sentido e deixaria orgulhoso o autor mais famoso de comédias adolescentes dos anos 1980.
MISTRESS AMERICA (EUA 2015). Direção: Noah Baumbach. Elenco: Greta Gerwig, Lola Kirke, Matthew Shear, Jasmine Cephas Jones, Kathryn Erbe, Heather Lind, Cindy Cheung e Michael Chernus. Duração: 84 minutos. Distribuição: Vitrine Filmes.
