O cineasta sueco Lasse Hallström já havia dirigido diversos trabalhos para cinema e televisão em seu país quando realizou Minha Vida de Cachorro, em 1985. Este filme lhe deu projeção mundial e desde então, apesar de continuar morando na Suécia, a maior parte de seus filmes têm sido produzidos por Hollywood. Aqui ele conta a comovente história de Ingemar (Anton Glanzelius), um menino de 12 anos que, por conta do delicado estado de saúde de sua mãe, é levado para casa de parentes no interior do país. A trama acontece nos anos 1950 e é filtrada pelo olhar do garoto que enfrenta dificuldades para se adaptar à nova vida e superar as saudades de sua cadela de estimação, do irmão mais velho e da mãe. Histórias com crianças costumam nos envolver de uma maneira especial. Em Minha de Vida de Cachorro esse envolvimento é maior ainda por conta da interpretação e do carisma do pequeno ator Anton Glanzelius. O filme de Hallström consegue abarcar uma série de temas, tais como: relacionamentos familiares, corrida espacial, a descoberta da sexualidade, o poder transformador da imaginação e das pessoas e até o futebol brasileiro. Tudo isso é mostrado com muita simplicidade e sutileza em um filme que não tem vergonha de arrancar lágrimas.