O nova-iorquino Richard Benjamin divide sua carreira entre a atuação e a direção. Ele estreou como ator, em 1962. A partir de 1979 passou a dirigir também. Seus filmes, na maioria comédias, não possuem uma marca autoral, no entanto, são leves e bem conduzidos. É o caso de Minha Mãe é Uma Sereia, seu oitavo longa, feito em 1990. O roteiro, escrito por June Roberts, é uma adaptação do romance de Patty Dann e nos conta uma história que se passa nos anos 1960. Somos apresentados a Rachel Flax (Cher), mãe da adolescente Charlotte (Winona Ryder) e a menina Kate (Christina Ricci). Ela cuida das filhas com muito amor, carinho e leveza de espírito. Porém, esse jeito “Rachel” de ser provoca uma bagunça nos sentimentos de Charlotte, que se vê dividida entre se tornar uma freira ou se envolver com Joe (Michael Schoeffling), que trabalha na igreja local. Benjamin conduz sua narrativa abrindo espaço para que seu elenco brilhe. Sua longa experiência como ator sempre lhe permitiu fazer isso. Minha Mãe é Uma Sereia encerra a melhor fase de Cher no cinema, que iniciou em 1982 com James Dean: O Mito Sobrevive, de Robert Altman, e teve seu auge em 1987, quando ela ganhou o Oscar de melhor atriz por Feitiço da Lua, de Norman Jewison. Em tempo: este filme marcou a estreia de Christina Ricci, que já no ano seguinte se tornaria mundialmente conhecida pelo papel de Wednesday (Wandinha), em A Família Addams, de Barry Sonnenfeld.
MINHA MÃE É UMA SEREIA (Mermaids – EUA 1990). Direção: Richard Benjamin. Elenco: Cher, Bob Hoskins, Winona Ryder, Christina Ricci, Michael Schoeffling, Caroline McWilliams, Jan Miner e Richard McElvain. Duração: 110 minutos. Distribuição: MUBI/MGM+.







