Segundo longa do diretor australiano Garth Davis, Maria Madalena, de 2018, foi feito logo após a boa recepção de seu filme de estreia, Lion: Uma Jornada Para Casa, de 2016. O roteiro de Helen Edmundson e Philippa Goslett se sustenta na abordagem atual da figura da Madalena. Aqui, ela, vivida pela atriz Rooney Mara, é uma discípulas de Jesus Cristo (Joaquin Phoenix) e não uma prostituta como durante séculos foi apresentada pela Igreja Católica. A frase do cartaz já resume muito bem a premissa: 12 homens ouviram e espalharam a mensagem de Jesus. Apenas uma mulher a entendeu. Maria Madalena se enquadra no movimento de valorização e ressignificação do feminino nos âmbitos histórico, social, religioso e cultural. A indústria do entretenimento tem levantado essa bandeira desde o início do século XXI. Trata-se de um olhar diferenciado e o diretor, de maneira econômica, defende seu ponto-de-vista com sutileza e convicção. Em tempo: esta foi a última trilha sonora do compositor islandês Jóhann Jóhannsson, que faleceu prematuramente, aos 48 anos, em 2018.
MARIA MADALENA (Mary Magdalene – Inglaterra 2018). Direção: Garth Davis. Elenco: Rooney Mara, Joaquin Phoenix, Chiwetel Ejiofor, Tahar Rahim, Ariane Labed, Denis Ménochet, Lubna Azabal, Tchéky Karyo e Tsahi Halevi. Duração: 119 minutos. Distribuição: Universal.
