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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

MAD MAX

O que faz um médico? Atende pacientes, realiza cirurgias etc. Médico também dirige filmes. Pelo menos foi o que fez o jovem australiano George Miller. Além do curso de Medicina, ele também se formou em Cinema pela Universidade de Melbourne e com a grana que economizou trabalhando no plantão de emergência do hospital, conseguiu bancar o início da produção de seu primeiro longa, Mad Max. A trama do filme não tem nada de complexa. Em um futuro próximo e não definido, Max, vivido pelo estreante Mel Gibson, é o mais experiente patrulhador das estradas, onde gangues pilotando motos aterrorizam as rodovias e cidades. Um confronto com uma dessas gangue deixa seu melhor amigo à beira da morte. Para piorar as coisas, pouco depois sua mulher e filho são assassinados. Só resta a Max vingar a morte de sua família se transformando no “guerreiro das estradas”. Mad Max é carregado de uma ingenuidade e de um imediatismo comoventes. O filme nos envolve e nos empolga justamente por isso. Miller, que também foi um dos autores do roteiro, não quis “reinventar a roda” e realizou um filme direto, honesto e cheio de fúria. Mad Max foi, durante muito tempo, um dos filmes mais rentáveis da história do cinema: custou 400 mil dólares e faturou pouco mais de 100 milhões no mundo todo. Em tempo: gerou duas continuações, Mad Max 2 (que é muito boa) e Mad Max – Além do Cúpula do Trovão (que não é tão boa assim).
MAD MAX (Mad Max – Austrália 1979). Direção: George Miller. Elenco: Mel Gibson, Joanne Samuel, Hugh Keays-Byrne, Steve Bisley, Roger Ward, Vince Gill, Geoff Parry e Tim Burns. Duração: 90 minutos. Distribuição: Warner.

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Respostas de 6

  1. Sou mega-fã da trilogia e do universo de Max Rockatansky O tom de “crônica” dado aos filmes da série são muito interessantes, pouco explorados pelo universo do cinema, que, de modo geral, tenta construir uma trajetória mais completa de personagens. Aqui não. Miller traz em cada filme uma aventura singular desse universo, quase em tom de telefilme. Vale uma garimpada para conhecer o universo “entre-filmes” que Miller construiu para si – por exemplo, poucos sabem que entre a história do primeiro filme e do segundo se passaram 7 anos. E entre o segundo e o terceiro, 15. Por fim, duas curiosidades: 1 – A decupagem da cena de abertura foi referenciada no teaser de “De Volta Para o Futuro”. 2 – Em Portugal esse primeiro filme é chamado de “As Motos da Morte”.

  2. E Este filme é sensacional, gosto muito deste primeiro, o tom da aventura proposta é de bom gosto e bem estruturado. Um belo filme. JP

  3. Mad Max é um ótimo exemplo de como grandes clichês, absolutamente sem novidade alguma, podem, nas mãos de um talentoso diretor, resultar em um filme extraordinário. George Miller, além de diretor, sempre foi o meu médico preferido [até chegar o Dr. House!].

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