Muita gente costuma dizer que não gosta de filmes musicais. Mas, não há como negar que alguns deles são marcantes. Como é o caso de Lili, dirigido em 1953 por Charles Walters. Clássico absoluto de inúmeras “sessões da tarde”, é inesquecível a voz de Leslie Caron cantando Hi Lili, Hi Lili, Hi lo… O roteiro, escrito por Helen Deutsch, tem por base uma história de Paul Gallico. A trama gira em torno de Lili Daurier (Caron), uma jovem órfã francesa que é adotada por um circo. Ela é cheia de vida e esperança e certo dia, conhece Paul Berthalet (Mel Ferrer), um ventríloquo por quem se apaixona. Lili é aquele tipo de filme que os americanos chamam de “feel good movie“. Em bom português, “um filme que te faz se sentir bem”. Sucesso de público e crítica na época de seu lançamento, é tido por muitos como uma obra inocente, cheia de boas intenções e extremamente prazerosa. É tudo isso sim. Curiosamente, alguns perceberam também que Walters inseriu um forte conteúdo político neste trabalho. Pode até ser. E antes que eu me esqueça, Lili ganhou um Oscar, o de melhor canção: “eu levo a vida cantando… hi Lili, hi Lili, hi lo“.