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LAWRENCE DA ARÁBIA

O diretor inglês David Lean já tinha uma reputação de grandioso e perfeccionista quando iniciou a produção de Lawrence da Arábia. Ele, que começou a carreira no início dos anos 1930 como montador, passou depois a dirigir filmes intimistas e de baixo orçamento. A partir do final dos anos 1940, Lean adaptou duas obras de Charles Dickens, Grandes Esperanças e Oliver Twist, que revelaram pela primeira vez sua veia épica. Em 1957, quando lançou A Ponte do Rio Kwai tudo foi ampliado e ganhou dimensão ainda maior com o lançamento, em 1962, do grandiloquente e superlativo Lawrence da Arábia. O filme conta a história do enigmático Thomas Edward Lawrence, um oficial do exército inglês que terminou por unir as tribos árabes na batalha contra os turcos otomanos durante a Primeira Guerra Mundial. Complexo e imprevisível, Lawrence se aculturou completamente pelo deserto. Herói, charlatão e sádico foram alguns dos rótulos que ele recebeu durante sua breve e intensa vida. David Lean não economiza “tintas” para contar sua história. Lawrence da Arábia é aquele tipo de filme ideal para a tela grande. Quanto maior a tela, melhor. Tudo nele é, como os americanos costumam dizer, “maior que a vida”. Magnificamente fotografado por Freddie Young, diz a lenda que Lean esperou por dias no meio do deserto até conseguir o tom de pôr do sol que ele queria para o filme. Com um elenco predominantemente masculino, Lawrence da Arábia tem em Peter O’Toole sua encarnação perfeita. O ator era pouco conhecido na época, tinha participado de alguns trabalhos em televisão e cinema. Nada muito expressivo. Até dar vida a T. E. Lawrence. Indicado a dez Oscar, ganhou sete, entre eles o de melhor filme e diretor.

LAWRENCE DA ARÁBIA (Lawrence of Arabia – Inglaterra/EUA 1962). Direção: David Lean. Elenco: Peter O’Toole, Alec Guinness, Anthony Quinn, Jack Hawkins, Omar Sharif, José Ferrer, Anthony Quayle, Claude Rains, Arthur Kennedy e Donald Wolfit. Duração: 229 minutos. Distribuição: Sony.

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9 respostas

  1. Eu já tinha assistido e gostava muito… um dia zanzando pelo centrão estava passando naquele cinema da rua XV onde hoje eu acho que fica o teatro do HSBC… não tive duvidas e entrei no cinema… ESPETACULAR!

    jopz

  2. Acredito que Lawrence da Arabia é a melhor definição do cinema épico. É um dos filmes mais longos que já vi e ele está longe de ser cansativo.

    Só não gosto tanto da atuação do Peter O´Toole, apesar dos elogios.

  3. Jopz, eu também vi no cinema. Foi no Ritz, ao lado da C&A, em 91, se não me engano. Era uma cópia restaurada. Junto com A Última Tentação de Cristo e A Guerra dos Clones, completa uma trilogia curiosa, a dos filmes que me fizeram dormir na sala do cinema…

  4. 😉

    No cinema eu só dormi duas vezes…

    Maquina Mortífera (não lembro qual deles) e Harry Potter (o primeiro)… meses depois eu estava em um avião e passou o Harry Potter…. DORMI DE NOVO!

    jopz

  5. Os filmes que eu dormi no cinema não eram dos melhores, mas não mereciam essa “desfeita”. Era simplesmente porque estava cansado no momento da sessão, ou tinha acabado de almoçar =)

    []s

  6. FILME MARAVILHOSO NOTA 10. ELENCO. DIREÇÃO. FOTOGRAFIA. TRILHA SONORA, SAUDADES DE QUANDO OS FILMES ERAM FEITOS POR TALENTO DE DIRETORES E ATORES TALENTOSOS .

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