A ideia do produtor Dino De Laurentiis não era ruim: adaptar e modernizar o clássico King Kong, dirigido em 1933 por Merian C. Cooper. Para tanto, ele contratou o diretor britânico John Guillermin, que vinha do sucesso do filme-catástrofe Inferno na Torre. O roteiro de Lorenzo Semple Jr. atualiza a história da obra original, escrita por Ruth Rose e James Ashmore Creelman e traz a ação para o ano de 1976. Um navio da companhia Petrox vai parar em uma ilha desconhecida onde vive Kong, um gorila gigante. Na tripulação, um fotógrafo Jack Prescott (Jeff Bridges) e Dwan (Jessica Lange, em seu primeiro papel no cinema), uma bela jovem que havia sido resgatada de um naufrágio. Os nativos da ilha sequestram Dwan para oferecê-la em sacrifício a Kong e Fred Wilson (Charles Grodin), líder do grupo, captura a criatura e a leva para ser exibida em Nova York. Este King Kong, versão 1976, apesar das críticas ruins que recebeu, fez muito sucesso e foi inovador na parte técnica. Em especial, na personagem-título. Uma equipe comandada pelo italiano Carlo Rambaldi, que seis anos depois daria vida ao E.T., de Steven Spielberg, criou as mãos de Kong, bem como o próprio macaco, em tamanho natural utilizando animatronics. Já para dar vida ao gorila, o especialista em maquiagem Rick Baker foi contratado e desenvolveu uma roupa especial que foi vestida por um dublê. Esse esforço técnico deu ao filme o Oscar de efeitos visuais daquele ano. O resultado pode até decepcionar. Mas, pelo menos, a icônica cena de Kong enfrentando os helicópteros, agora nas torres gêmeas do World Trade Center, e a bela trilha sonora de John Barry funcionam muito bem.
KING KONG (King Kong – EUA 1976). Direção: John Guillermin. Elenco: Jeff Bridges, Charles Grodin, Jessica Lange, John Randolph, Rene Auberjonois, Jack O’Halloran, Ed Lauter, Dennis Fimple, Julius Harris, Mario Gallo e John Lone. Duração: 134 minutos. Distribuição: Continental.
