Existem franquias cinematográficas que melhoram a cada novo filme. É o caso, por exemplo, de Missão: Impossível. Existem outras que, infelizmente, seguem o caminho oposto. Como é o caso de Jurassic Park/Jurassic World. O primeiro de todos, Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, de 1993, teve a direção de Steven Spielberg e é um marco na história do Cinema. O próprio Spielberg fez uma continuação e depois produziu um terceiro. Mas o brilho do original havia se perdido. Após uma pausa de 15 anos uma nova trilogia teve início e agora chegamos a seu fechamento com este Jurassic World: Domínio. Colin Trevorrow está de volta à direção (ele dirigiu a parte um, em 2015). O roteiro, do próprio diretor junto com Emily Carmichael, dá continuidade aos eventos dos dois filmes anteriores e nos apresenta agora um mundo onde humanos e dinossauros estão habitando o planeta. O grande problema dessa nova trilogia, e principalmente, dessa terceira parte, é a facilitação, ou melhor, as muitas facilitações do roteiro. Situações são apresentadas e se resolvem a partir de coincidências ou soluções que parecem sair de uma cartola. A paixão do público por dinossauros e o fator nostalgia (bastante forte aqui com a presença do trio do filme de 1993), seguramente, fizeram dessa leva de filmes um grande sucesso com um faturamento próximo a três bilhões de dólares. Isso apenas nos dois últimos e somente nas bilheterias. A expectativa é que Domínio repita esse sucesso. Isso deve acontecer. Mas os dinos mereciam histórias melhores.
JURASSIC WORLD: DOMÍNIO (Jurassic World: Dominion – EUA 2022). Direção: Colin Trevorrow. Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Laura Dern, Sam Neill, Jeff Goldblum, DeWanda Wise, Mamoudou Athie, Isabella Sermon, Campbell Scott, Omar Sy e BD Wong. Duração: 146 minutos. Distribuição: Universal.
