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JUDAS E O MESSIAS NEGRO

Se você já viu Os 7 de Chicago, dirigido por Aaron Sorkin e disponível na Netflix, deve ter percebido que um dos sete acusados que está sendo julgado é Bobby Seale, ativista dos Panteras Negras. No filme ele conversa algumas vezes com Fred Hampton. Judas e o Messias Negro, segundo longa do diretor americano Shaka King, conta a história de Hampton (Daniel Kaluuya), o messias do título. O roteiro, escrito pelo próprio King, junto com Will Berson, nos conduz a partir do ponto de vista de William O’Neal (LaKeith Stanfield), o Judas, que se infiltra no grupo de Hampton a serviço do FBI. Os dois concorrem ao Oscar 2021 de melhor ator coadjuvante. Ambos estão fantásticos em cena. Especialmente, Kaluuya, que deverá ganhar o prêmio nessa categoria. Seu Fred Hampton é um homem complexo e multifacetado. Ao mesmo tempo em que profere discursos bastante inflamados e convincentes, é extremamente tímido e inseguro na vida pessoal. Mas o Bill O’Neal de Stanfield não fica atrás em complexidade. Ele nos passa todo o dilema interior de um homem dividido, pois, na mesma medida, ele admira e trai não apenas Hampton, mas também sua própria raça. Produzido por Ryan Coogler, diretor de Creed e Pantera Negra, temos aqui uma obra impactante e que não se esgota após os créditos finais. Em tempo: além das duas indicações já mencionadas, a produção concorre em outras quatro categorias: fotografia, canção, roteiro original e filme.

JUDAS E O MESSIAS NEGRO (Judas and the Black Messiah – EUA 2021). Direção: Shaka King. Elenco: LaKeith Stanfield, Daniel Kaluuya, Jesse Plemons, Dominique Fishback, Ashton Sanders, Algee Smith, Khris Davis e Martin Sheen. Duração: 126 minutos. Distribuição: Warner/HBO Max.

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