A Marvel Comics, conhecida como “a casa das ideias”, é uma das maiores editoras de quadrinhos do mundo. Ao longo dos anos 1970 e 1980 eles tentaram fazer bons filmes com os heróis de seu catálogo. Sem sucesso, só saiu bomba. Paralelo às frustradas tentativas de adaptações cinematográficas, a Marvel amargou uma quase falência por conta de má administração. Até a estrela principal da casa, um certo amigo da vizinhança, foi loteado para saldar dívidas. As coisas começaram a mudar a partir da produção de Blade e, principalmente, quando Bryan Singer dirigiu o primeiro filme dos X-Men, em 2000. Depois, veio o estrondoso sucesso do Homem-Aranha e isso fez com que eles colocassem a casa em ordem e fundassem um estúdio para produzir seus próprios filmes. A primeira produção escolhida pelo Marvel Studios foi um herói do segundo time, o Homem de Ferro. Dirigido por Jon Favreau e estrelado por um inspirado Robert Downey Jr., a adaptação cinematográfica do Homem de Ferro é luminosa, cheia de humor, envolvente e fiel aos quadrinhos. O roteiro conta como o bilionário Tony Stark conseguiu transformar um cativeiro forçado em um momento de renascimento. Downey Jr. entrega uma personagem convincente em todas as cenas. Seja como um playboy farrista e irresponsável, ou como um gênio criativo e arrogante, ou ainda como um herói sinceramente preocupado com a paz mundial. Ponto para a Marvel que, com isso, abriu caminho para produzir outros filmes com seu elenco, levar sua famosa cronologia para a telona e valorizar suas ações. Ela cresceu tanto que chamou a atenção da poderosa Disney, que terminou por comprá-la em agosto de 2009.