O britânico Clive Barker estreou como escritor de histórias de horror fantástico em 1985. Na época, Stephen King cunhou a frase que se tornou célebre: “eu vi o futuro do terror, seu nome é Clive Barker”. Interessado também por outras formas de arte, ele se aventurou pelo cinema e desgostoso da forma como seus roteiros foram filmados decidiu dirigir, em 1987, Hellraiser: Renascido do Inferno, adaptado de sua obra The Hellbound Heart, publicada em 1986. Tudo gira em torno de um misterioso cubo que abre as portas do inferno e do céu. Frank Cotton (Sean Chapman) busca novas experiências e obtém um resultado inesperado. Tempos depois, seu irmão Larry (Andrew Robinson), morando na casa que era de Frank, termina por libertar uma força maligna ligada aos cenobitas, liderados pela icônica figura de Pinhead (Doug Bradley) e descritos como os demônios dos demônios do inferno. Eu poderia dizer que como diretor Barker é um ótimo escritor. Mas não estaria sendo inteiramente justo com essa afirmação. Apesar de algumas falhas de ritmo, ele consegue criar a atmosfera adequada para nos colocar na história que está contando e, visualmente falando, seu filme provoca o impacto necessário para nos assustar e envolver. Em tempo: Hellraiser teve quatro continuações (1988, 1992, 1996 e 2000) e um reboot (em 2022).
HELLRAISER: RENASCIDO DO INFERNO (Hellraiser – Inglaterra 1987). Direção: Clive Barker. Elenco: Andrew Robinson, Clare Higgins, Robert Hines, Sean Chapman, Ashley Laurence, Oliver Smith, Kenneth Nelson e Doug Bradley. Duração: 94 minutos. Distribuição: New World Pictures.
