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FRENESI

Em 1972, o cineasta Alfred Hitchcock realizou seu penúltimo filme, Frenesi, na Inglaterra. Ele não filmava em seu país natal desde 1950, quando dirigiu Pavor nos Bastidores. O roteiro de Anthony Schaffer se baseia no romance de Arthur La Bern e gira em torno do maníaco sexual londrino conhecido como “assassino da gravata”, que mata suas vítimas após estuprá-las. Nesse contexto, Richard Ian Blaney (Jon Finch), ex-piloto da Força Aérea Britânica, por conta de provas circunstanciais, torna-se o principal suspeito dos crimes. Hitchcock costuma nos fornecer todas as informações que precisamos saber para com isso criar o clima tenso de suspense. Sabemos desde o início que Blaney é inocente e isso basta para iniciarmos um contínuo “roer de unhas” até o desfecho da trama. Temos em Frenesi o filme mais violento do cineasta. Tanto que recebeu classificação etária de 18 anos em muitos países. Há também aqui uma perfeita mistura entre humor e temor. Alguns o consideram um filme menor de mestre Hitchcock. O que não é demérito algum, já que seus filmes “menores” estão acima de muitos “grandes” de outros diretores. É visível a tentativa do cineasta em explorar uma narrativa mais ousada. E o plano de abertura é apenas uma pequena prova disso. Mas cabe parafrasear o que diz Norma Desmond em Crepúsculo dos Deuses: Alfred Hitchcock será sempre grande, os filmes é que ficaram pequenos.

FRENESI (Frenzy – Inglaterra 1972). Direção: Alfred Hitchcock. Elenco: Jon Finch, Barry Foster, Barbara Leigh-Hunt, Anna Massey, Alec McCowen, Vivien Merchant, Billie Whitelaw, Clive Swift e Bernard Cribbins. Duração: 116 minutos. Distribuição: Universal.

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