Dirigido por Robert Zameckis, o mesmo da trilogia De Volta Para o Futuro, o filme Forrest Gump: O Contador de Histórias fala de uma pessoa que tem um QI abaixo do normal, em torno de 75, e que apesar disso ou talvez por causa disso, tornou-se um vitorioso. Forrest (Tom Hanks) sempre teve duas fortes referências: a mãe e a amiga Jenny. A trama começa na primeira metade dos anos 1950 e vai até 1982. Traça um painel da América durante três décadas marcantes do século passado (50, 60 e 70). Entre as inúmeras brincadeiras do filme, Forrest ensina Elvis Presley a dançar, torna-se campeão de futebol americano, herói no Vietnam, é condecorado por três presidentes (Kennedy, Johnson e Nixon) e é entrevistado junto com John Lennon e o inspira a compor a letra de Imagine. Enquanto Forrest, com sua pureza de espírito, passa por diversas experiências e encara tudo de forma natural, Jenny mostra-se um reflexo exato de todas as transformações destas três décadas. Seria perda de tempo falar das qualidades técnicas do filme. Robert Zemeckis é um perfeccionista apaixonado por efeitos especiais e sabe usá-los de maneira sutil e poética. A cena que abre o filme mostrando uma pena voando no céu e indo ao encontro de Forrest é arte pura. Tom Hanks consolidou seu talento e versatilidade e ganhou seu segundo Oscar de melhor ator. Zemeckis, cineasta descoberto por Spielberg, recebeu das mãos de seu mentor o Oscar de melhor direção. Realmente, a vida é como uma caixa de chocolates… você nunca sabe o que tem dentro.