Tudo que John McClane queria era uma chance de refazer sua família. Ele é um policial de Nova York em visita a Los Angeles na semana do Natal. Sua ex-mulher, Holly, trabalha para uma multinacional japonesa que funciona na Nakatomi Plaza. É para lá que ele vai para se encontrar com ela. O local é invadido por um grupo de supostos terroristas comandado por Hans Gruber. McClane torna-se então o cara certo, no lugar certo, na hora certa. Essa é a trama de Duro de Matar, filme dirigido em 1988 por John McTiernan e estrelado por um Bruce Willis em início de carreira no cinema. Willis já era um rosto conhecido da TV, onde atuava na série A Gata e o Rato. O papel de McClane havia sido oferecido ao ator Tom Berenger, que o recusou. Na pele de Willis, John McClane se transformou em um ícone do cinema de ação. A história de Duro de Matar trouxe um novo fôlego para um gênero que já demonstrava sinais de cansaço. Seu impacto foi tão grande que sua estrutura narrativa virou fórmula. Por exemplo: o que é Velocidade Máxima? Nada mais nada menos que um Duro de Matar dentro de um ônibus. O diretor John McTiernan desenvolveu na época o que podemos chamar de “cinema claustofóbico de ação”. Ele havia dirigido O Predador e dirigiria depois A Caçada ao Outubro Vermelho. Junto com Duro de Matar, eles compõem uma trilogia de filmes de ação passados em ambientes fechados. Além de Willis, destaque para o ator britânico Alan Rickman, em seu filme de estréia, no papel do vilão Hans Gruber. Como diria John McClane, tire seus sapatos e meias e deixe seus pés tocarem o chão. E se as coisas se complicarem: “Yippee-ki-yay, motherfucker!”