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DOMINGO MALDITO

No início dos anos 1970 o diretor britânico John Schlesinger já era um nome dos mais respeitados em seu país. Com quase duas décadas de carreira naquela época, ele vinha do enorme sucesso do premiado Perdidos na Noite, feito em 1969, nos Estados Unidos. De volta à Inglaterra, em 1971 ele realiza Domingo Maldito, a partir de um roteiro de Penelope Gilliatt. A história gira em torno de um triângulo amoroso bastante ousado para o cinema de então. Temos Alex (Glenda Jackson), uma mulher divorciada que detesta seu emprego. Além dela, Daniel (Peter Finch), um médico de meia idade e bem posicionado tanto na profissão como na sociedade. Mas Alex e Daniel possuem algo, ou melhor, alguém em comum. Ambos dividem o mesmo amante, o jovem artista Bob (Murray Head). Ao longo de quase dez dias que começa numa sexta e se estende até o domingo da semana seguinte, acompanhamos a rotina dessa relação a três. Schlesinger sempre foi habilidoso na construção de suas narrativas. Domingo Maldito é mais uma prova de seu talento. Especialmente no trabalho com o elenco e ao abordar de maneira natural e sem julgamento moral os encontros de três pessoas com diferentes orientações sexuais. Duas curiosidades: este foi o primeiro trabalho do ator Daniel Day-Lewis, então com 13 anos, interpretando um garoto que risca carros estacionados na rua; e David Bowie fez teste para o papel de Bob.

DOMINGO MALDITO (Sunday Bloody Sunday – Inglaterra 1971). Direção: John Schlesinger. Elenco: Peter Finch, Glenda Jackson, Murray Head, Peggy Ashcroft, Tony Britton, Maurice Denham, Bessie Love, Vivian Pickles e Frank Windson. Duração: 110 minutos. Distribuição: Versátil. 

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