O ator britânico James D’Arcy trabalha na televisão e no cinema desde 1996 e após 25 anos de atuação em mais de 80 trabalhos decidiu investir na carreira de roteirista e diretor. De Volta à Itália, de 2020, marca sua estreia nas duas novas funções. Tudo começa quando Jack (Micheál Richardson) decide viajar à região da Toscana, na Itália, com seu pai Robert (Liam Neeson) para reformar e vender a casa que herdou da mãe. Ele precisa do dinheiro para comprar a galeria onde trabalha. Só que aquela viagem traz à tona, além das lembranças de infância, a difícil relação que Jack teve com o pai após a morte de sua mãe. Temos aqui um filme focado em duas pessoas que se amam muito, no entanto, um forte trauma do passado aliado à dificuldade de lidar com ele fez com que se afastassem um do outro. Essa “volta à Itália” é, na verdade, um retorno a uma época perdida no tempo. Há momentos engraçados, no entanto, o filme destaca mais o drama do difícil relacionamento entre um filho e seu pai, sem contar outras subtramas que surgem pelo caminho e que apontam caminhos, digamos, mais românticos para algumas situações, ou melhor dizendo, mais esperançosos. E nada como o “sol da Toscana” para iluminar a vida das pessoas. Em tempo: Na realidade, Liam Neeson e Micheál Richardson são pai e filho.
DE VOLTA À ITÁLIA (Made in Italy – Inglaterra/Itália 2020). Direção: James D’Arcy. Elenco: Liam Neeson, Micheál Richardson, Lindsay Duncan, Valeria Bilello, Helena Antonio e Yolanda Kettle. Duração: 94 minutos. Distribuição: Califórnia Filmes.
